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Como melhorar a autoestima: aprenda 2 técnicas extraordinárias

Como melhorar a autoestima: aprenda 2 técnicas extraordinárias

Cansado das fórmulas de autoajuda tradicionais, que ensinam a aumentar a autoestima com pensamentos positivos? Então confira novos métodos.

“A confiança é um hábito que pode ser desenvolvido agindo como se você já tivesse a confiança que deseja ter.” — Brian Tracy

Como melhorar a autoestima, a ideia que temos sobre nosso próprio valor e nossas capacidades?

Quem sofre com problemas de autoimagem sabe que a tarefa não é simples.

Conselhos bem-intencionados, infelizmente, não entregam “soluções mágicas”. Por vezes, podem até causar efeito oposto, piorando as sensações de impotência e fracasso.

É preciso admitir: não existe uma chave que acione nosso amor-próprio em 5 segundos.

A conquista da autoestima elevada é um processo. De extremo valor, pois é a base de nosso bem-estar.

E não pense que essa afirmação é subjetiva! Estudos comprovam que o cultivo da autoestima impacta positivamente nas funções cerebrais, aumentando nossa resiliência e nos blindando contra o estresse e ansiedade.

Considerando todas essas informações, fica o desafio: existem recursos que nos permitam descobrir como melhorar a autoestima, de modo realmente eficaz?

Aprenda, neste texto, duas estratégias cuja prática — e resultados — irão te surpreender.

Como melhorar a autoestima em 2 minutos

Você não leu errado. A promessa do método — comprovado cientificamente — é exatamente essa.

Dedicando 2 minutos a um exercício simples, você provoca alterações químicas em seu cérebro e aumenta sua autoconfiança.

Não acredita? Vamos explicar em detalhes e você chegará às próprias conclusões.

Para começar, precisamos falar sobre Amy Cuddy, autora da técnica.

Psicóloga social, com MBA e PhD pela Universidade de Princeton, Amy Cuddy fez parte do corpo docente de instituições de renome, como Harvard, Rutgers e Kellogg School of Management.

Em 2012, ela ficou mundialmente famosa, após apresentar uma palestra no TED, intitulada “Your body language may shape who you are” — ou, na tradução para o português, “Sua linguagem corporal molda quem você é”.

A palestra já foi assistida por mais de 53 milhões de pessoas e é uma das mais populares do TED.

Mas o que Amy Cuddy falou, para gerar tamanho interesse?

Suas frases inaugurais são suficientes para instigar qualquer plateia. Ela afirma que deseja oferecer “uma forma gratuita e analógica de melhorar a vida. E tudo que precisamos é que vocês mudem suas posturas por 2 minutos”.

Convenhamos, essas palavras, ditas por uma pesquisadora com um currículo tão imponente geram, no mínimo, curiosidade.

Na continuidade de sua fala, a psicóloga expôs resultados de sua investigação sobre efeitos de posturas corporais em nosso cérebro.

Ela revela que, ao adotarmos certos gestos e posições, conseguimos modificar os níveis de cortisol e testosterona no organismo.

A questão é que esses hormônios interferem em nosso comportamento, nos deixando mais — ou menos — corajosos, confiantes, dispostos ou estressados.


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A linguagem do corpo e seus reflexos na autoestima

“Foque menos na impressão que você está causando nos outros e mais na impressão que você está causando em si mesmo.” — Amy Cuddy

Amy Cuddy explica que, em todo o reino animal, temos exemplos de “poses do poder”.

Elas aparecem sempre que a criatura — incluindo o ser humano — experimenta sensações de dominância, segurança, vitória ou controle sobre as situações.

Tais posturas são expansivas, abertas, como se o corpo quisesse se tornar o maior possível.

Uma excelente imagem é a típica pose adotada por atletas, assim que vencem uma competição: queixo erguido e braços estendidos para o alto.

Por outro lado, quando a pessoa — ou animal — se sente inseguro, fragilizado ou impotente, a tendência é que a linguagem não-verbal simule uma “encolha”.

Ou seja, o corpo se retrai e os gestos ficam comedidos, como uma tentativa de se tornar “menor”.

Mas Cuddy não estava interessada em provar que pensamentos e sensações interferem na linguagem corporal. Essa tese já foi evidenciada por vários pesquisadores. Sua ideia era investigar o contrário: seria o corpo capaz de alterar as disposições da mente?

Em seus estudos, ela solicitou que voluntários adotassem “poses do poder”, por 2 minutos.

Eles não precisavam se sentir “poderosos”. Apenas deveriam simular as posturas expansivas.

Os resultados foram impressionantes. Bastaram os 2 minutos propostos para que o cérebro tivesse sua química modificada. Os níveis de cortisol (hormônio do estresse) caíram e os de testosterona (hormônio dominante), aumentaram.

Na prática, isso significa que a mente responde aos comandos do corpo. E de forma muito rápida.

Se o corpo sinaliza poder, força, otimismo e confiança, o cérebro trata de entrar em sintonia com a mensagem.

Agora, se o recado corporal for de hesitação e fraqueza, a regra também se aplica, moldando a mente de acordo com os sinais físicos.

Portanto, cuidado com a postura!

“Quando nossa linguagem corporal é confiante e aberta, outras pessoas respondem da mesma forma, reforçando inconscientemente não apenas sua percepção de nós, mas também nossa percepção de nós mesmos.” — Amy Cuddy


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Como melhorar a autoestima usando essa técnica?

Simples. Durante seu dia, reserve momentos para praticar as “poses do poder”.

Se espreguice antes de sair da cama. Imite a pose da vitória de um atleta, em seu banheiro. Vá para a frente do espelho e simule a clássica postura da Mulher Maravilha.

Enfim, se expanda, ocupe espaço, copie a linguagem corporal dos vencedores e autoconfiantes.

“Expandir sua linguagem corporal — por meio de postura, movimento e fala — faz você se sentir mais confiante e poderoso, menos ansioso e concentrado em si mesmo e, geralmente, mais positivo.” — Amy Cuddy

Muitas das estratégias para vencer a baixa autoestima focam nos pensamentos. Quem já tentou seguir a regra do “pensamento positivo” sabe o quanto ela pode ser frustrante.

O método de Amy Cuddy rompe com essa premissa. Ela nos estimula a mudar o corpo, para atingir a mente.

“O movimento, assim como a postura, diz ao cérebro como ele se sente e até gerencia o que ele lembra. À medida que caminhamos de modo mais aberto, ereto e flutuante, nossas memórias sobre nós mesmos seguem o exemplo.” — Amy Cuddy

Experimente treinar seu cérebro dessa forma. Use o recurso sempre que se sentir vulnerável, com medo de enfrentar desafios ou em dúvida sobre suas capacidades.


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Finja até se tornar

Esta é a segunda técnica que vamos indicar para você aumentar sua autoestima. Na realidade, ela é um desdobramento da estratégia das “poses de poder”.

Se você pode ser um “ator”, utilizando o corpo, considere que sua atuação pode ser ainda mais completa, guiando também suas ações.

“Quero que as pessoas sejam capazes de se autoinfluenciar. Nós nos convencemos e isso nos permite convencer os outros.” — Amy Cuddy

Não se trata de mentir, para si mesmo ou para os outros. A ideia é que você tenha consciência de todos aqueles atributos que gostaria de exteriorizar em seu comportamento e não espere “ser” para “parecer”. Inverta a equação.

Comece fingindo. Como se fosse um personagem de si mesmo. Pense que você precisa “atuar”, demonstrando segurança e crença no próprio valor.

“Você tem que comprar o que está vendendo. Se você não comprar o que está vendendo, ninguém o fará.” — Amy Cuddy


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Finja até se tornar aquilo que deseja ser

E não se prenda ao peso do verbo “fingir”. Considere-o como escreveu Fernando Pessoa:

O poeta é um fingidor

Finge tão completamente

Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente.

Você não será um farsante. Apenas trará para o presente o comportamento que deseja para seu futuro.

Você aceita uma última sugestão? Então assista, na íntegra, à palestra (legendada) de Amy Cuddy. São pouco mais de 20 minutos, que irão mudar sua perspectiva sobre como melhorar a autoestima.

Compartilhe este post com seus amigos. Atenda o pedido de Amy Cuddy e “espalhe a ciência”!


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