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Prevenção ao suicídio: o que NÃO dizer a uma pessoa que pensa em suicídio

prevenção ao suicídio

Você quer atuar na prevenção ao suicídio, mas não sabe o que pode fazer?

Bem, saber o que não dizer para alguém que está pensando em tirar a própria vida é um excelente começo.

Afinal, não basta afirmar que está disposto a oferecer ajuda se você não conhece os caminhos para isso, certo?

E, como falamos muito pouco sobre suicídio — um assunto repleto de mitos e tabus — é natural que você não esteja preparado para tais conversas.

A verdade é que, por melhores que sejam suas intenções, você pode acabar falando coisas inapropriadas.

Coisas que você considera positivas. Mas que, para a pessoa que ouve, podem trazer ainda mais culpa e desesperança.

É claro que você não deseja isso!

Então, qual a alternativa?

Você pode aprender quais palavras usar — e quais evitar — para realmente colaborar na prevenção ao suicídio.

Não se sinta mal se você já falou coisas “erradas”.

É normal que, diante de alguém que nos diz “eu quero me matar”, nossas reações sejam impulsivas.

A declaração nos assusta. E queremos tirar esse pensamento da mente da pessoa, usando os meios que conhecemos.

O que você pode fazer, caso identifique nas frases abaixo expressões que você usou, é buscar um novo diálogo.

Mostre à pessoa que você se preocupa. Peça uma chance para tentar uma conversa melhor.

Assuma que você não sabia como agir. Mas que está empenhado em se corrigir.

Sua honestidade será bem-vinda.

E soará com um abraço, que transmite apoio e respeito.

Prevenção ao suicídio: o que NÃO é aconselhado dizer a quem pensa em suicídio

Fique atento ao falar com uma pessoa que pensa no suicídio.
A prevenção ao suicídio começa com a capacidade de dialogar

A seguir, vamos indicar 7 frases que, por mais que te pareçam lógicas, não devem ser ditas para alguém que pensa em suicídio.

Junto a cada uma delas, explicamos, rapidamente, o porquê de evitá-las.

1. Não seja dramático!

Chamar a dor do outro de “drama” é sempre (sempre!) um erro.

Entenda: se o fardo não é seu, você não tem noção do quanto ele pesa.

2. Eu sei o que você está sentindo.

Não, você não sabe o que o outro sente.

Cada um de nós passa por experiências específicas, tem sua própria história e personalidade.

Logo, mesmo que você acredite que já passou por circunstâncias semelhantes — e, portanto, pode opinar — as coisas não são tão simples.

Além disso, dizer que sabe o que a pessoa sente serve apenas para que você conte como você superou problemas.

Mas essa conversa não é sobre você.

Tente escutar mais do que falar.

3. Você está sendo egoísta! Não pensa no mal que causará à sua família e amigos se cometer suicídio?

Na sua visão, alertar para o dano que morte causará aos outros pode parecer um ponto válido.

Mas, provavelmente, você estará esquecendo de algo básico. O suicida já pensou nisso.

Ainda assim, sua autoestima está tão baixa que ele considera que, com sua morte, estará livrando seus entes queridos do fardo que representa.

Uma pessoa que pensa em se matar já se sente culpada.

Levá-la a se sentir ainda pior, definitivamente, não funciona como estratégia de prevenção ao suicídio.

4. Suicídio é uma atitude covarde.

A pessoa que pensa em suicídio não está procurando a saída mais fácil.

Para ela, a morte é a única saída concebível.

Insinuar que ela deve ter vergonha de ver as coisas desse modo não inspira outras soluções.

5. Seja forte! Outras pessoas passam por coisas piores e superam os problemas.

Primeiro: uma pessoa que pensa em tirar a própria vida não está sendo fraca.

Ela está sofrendo uma dor insuportável e faz o seu melhor para lidar com isso, todos os dias.

Segundo: você esperaria que alguém, com uma terrível dor física, pudesse encontrar alívio se concentrando nas dores de outras pessoas?

Ora, comparações não surtem efeito algum!

Não diminuem dores físicas e, muito menos, trazem resultados em termos de prevenção ao suicídio.

6. Vamos mudar de assunto!

Se alguém confiou em você para falar de suas angústias, não fuja da situação.

É compreensível que você se sinta desconfortável e inseguro, com receio de falar o que não deve.

Na dúvida, opte pela sinceridade. “Não sei o que dizer” é uma frase honesta, que não soará ofensiva.

Ao contrário, revela que você está levando a pessoa a sério e não tem respostas prontas.

Muito mais importante do que saber o que falar, você deve saber ouvir, com empatia, gentileza e atenção.

A prática de automutilação, muitas vezes, está relacionada a sentimentos de inadequação, solidão e angústia.
A prática de automutilação, muitas vezes, está relacionada a sentimentos de inadequação, solidão e angústia.

7. Como você pode pensar em suicídio? Sua vida é tão boa! Seja positivo!

Falar esse tipo de coisa invalida os sentimentos da pessoa que se abre com você.

Ou seja, é como se você sugerisse que ela pode acionar uma chave e silenciar os pensamentos negativos.

Como se a dor que sente fosse uma bobagem, que ela “escolhe” sentir.

Mas não se trata de uma escolha ou de uma fácil mudança de perspectiva.

O que você precisa entender é que, geralmente, um suicida enfrenta depressão profunda. Isso o impede de ter uma visão otimista da vida.

E a depressão não irá embora com frases motivacionais.

Para vencê-la, é preciso tratamento psicológico profissional.

Dessa forma, se você quer ajudar na prevenção ao suicídio, reconheça que a dor tem a capacidade de nos deixar cegos para o lado bom da vida.

Substitua seus julgamentos pela oferta de companhia na busca por um bom terapeuta.

Esse apoio, sim, fará toda a diferença.

Clínica de Psicologia Nodari
Especializada em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)
Atendimentos Particulares em Psicoterapia e Avaliação Neuropsicológica

Está localizada na Vila Mariana, São Paulo/SP
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